quinta-feira, 22 de maio de 2008

História da Solenidade do Corpus Christi

A Solenidade Litúrgica do Corpo e Sangue de Cristo, conhecida popularmente como “Corpus Christi”, começou a ser celebrada há mais de sete séculos e meio, em 1246, na cidade belga de Liège, tendo sido alargada à Igreja universal pelo Papa Urbano IV através da bula “Transiturus”, em 1264, dotando-a de missa e ofício próprios.


Em 1311 e em 1317 foi novamente recomendada pelo Concílio de Vienne (França) e pelo Papa João XXII, respectivamente. Nos primeiros séculos, a Eucaristia era adorada publicamente, mas só durante o tempo da missa e da comunhão. A conservação da hóstia consagrada fora prevista, originalmente, para levar a comunhão aos doentes e ausentes.


Só durante a Idade Média se regista, no Ocidente, um culto dirigido mais deliberadamente à presença eucarística, dando maior relevo à adoração. No século XII é introduzido um novo rito na celebração da Missa: a elevação da hóstia consagrada, no momento da consagração. No século XIII, a adoração da hóstia desenvolve-se fora da missa e aumenta a afluência popular à procissão do Santíssimo Sacramento. A procissão do Corpo e Sangue de Cristo é, neste contexto, a última da série, mas com o passar dos anos tornou-se a mais importante.


Do desejo primitivo de “ver a hóstia” passou-se para uma festa da realeza de Cristo, na “Chirstianitas” medieval, em que a presença do Senhor bendiz a cidade e os homens.


A “comemoração mais célebre e solene do Sacramento memorial da Missa” (Urbano IV) recebeu várias denominações ao longo dos séculos: festa do Santíssimo Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo; festa da Eucaristia; festa do Corpo de Cristo. Hoje denomina-se solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, tendo desaparecido a festa litúrgica do “Preciosíssimo Sangue”, a 1 de Julho.


A procissão com o Santíssimo Sacramento é recomendada pelo Código de Direito Canónico, no qual se refere que “onde, a juízo do Bispo diocesano, for possível, para testemunhar publicamente a veneração para com a santíssima Eucaristia faça-se uma procissão pelas vias públicas, sobretudo na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo” (cân 944, §1).




Detalhando o início da Solenidade - Primeiras devoções


No final do século XIII surgiu em Lieja, Bélgica, um Movimento Eucarístico cujo centro foi a Abadia de Cornillon fundada em 1124 pelo Bispo Albero de Lieja. Este movimento deu origem a vários costumes eucarísticos, como por exemplo a Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento, o uso dos sinos durante a elevação na Missa e a festa do Corpus Christi.


Santa Julinana
Santa Juliana de Mont Cornillon, naquela época priora da Abadia, foi a enviada de Deus para propiciar esta Festa. A santa nasceu em Retines perto de Liège, Bélgica em 1193. Ficou órfã muito pequena e foi educada pelas freiras Agostinas em Mont Cornillon. Quando cresceu, fez sua profissão religiosa e mais tarde foi superiora de sua comunidade. Morreu em 5 de abril de 1258, na casa das monjas Cistercienses em Fosses e foi enterrada em Villiers.


Desde jovem, Santa Juliana teve uma grande veneração ao Santíssimo Sacramento. E sempre esperava que se tivesse uma festa especial em sua honra. Este desejo se diz ter intensificado por uma visão que teve da Igreja que significaria a ausência dessa solenidade.


Juliana comunicou estas aparições a Dom Roberto de Thorete, o então bispo de Lieja, também ao douto Dominico Hugh, mais tarde cardeal legado dos Países Baixos e Jacques Pantaleón, nessa época arquidiácono de Lieja, mais tarde ao Papa Urbano IV.


As primeiras festas locais

O bispo Roberto ficou impressionado e, como nesse tempo os bispos tinham o direito de ordenar festas para suas dioceses, em 1246 ordenou que a celebração fosse feita no ano seguinte, ao mesmo tempo o Papa ordenou, que um monge de nome João escrevesse o ofício para essa ocasião. O decreto está preservado em Binterim (Denkwürdigkeiten, V.I. 276), junto com algumas partes do ofício.


Dom Roberto não viveu para ser a realização de sua ordem, já que morreu em 16 de outubro de 1246, mas a festa foi celebrada pela primeira vez no ano seguinte a quinta-feira posterior à festa da Santíssima Trindade. Mais tarde um bispo alemão conheceu os costume e a o estendeu por toda a atual Alemanha.


Milagres motivadores

O Papa Urbano IV, naquela época, tinha a corte em Orvieto, um pouco ao norte de Roma. Muito perto desta localidade está Bolsena, onde em 1263 ou 1264 aconteceu o Milagre de Bolsena: um sacerdote que celebrava a Santa Missa teve dúvidas de que a Consagração fosse algo real, no momento de partir a Sagrada Forma, viu sair dela sangue do qual foi se empapando em seguida o corporal. A venerada relíquia foi levada em procissão a Orvieto em 19 junho de 1264. Hoje se conservam os corporais - onde se apóia o cálice e a patena durante a Missa - em Orvieto, e também se pode ver a pedra do altar em Bolsena, manchada de sangue.


A Proclamação da Solenidade

O Santo Padre movido pelo prodígio, e a petição de vários bispos, faz com que se estenda a festa do Corpus Christi a toda a Igreja por meio da bula "Transiturus" de 8 setembro do mesmo ano, fixando-a para a quinta-feira depois da oitava de Pentecostes e outorgando muitas indulgências a todos que asistirem a Santa Missa e o ofício.


Em seguida, segundo alguns biógrafos, o Papa Urbano IV encarregou um ofício a São Boaventura e a Santo Tomás de Aquino; quando o Pontífice começou a ler em voz alta o ofício feito por Santo Tomás, São Boa-ventura foi rasgando o seu em pedaços.


A morte do Papa Urbano IV (em 2 de outubro de 1264), um pouco depois da publicação do decreto, prejudicou a difusão da festa. Mas o Papa Clemente V tomou o assunto em suas mãos e, no concílio geral de Viena (1311), ordenou mais uma vez a adoção desta festa. Em 1317 é promulgada uma recompilação de leis - por João XXII - e assim a festa é estendida a toda a Igreja.


Nenhum dos decretos fala da procissão com o Santíssimo como um aspecto da celebração. Porém estas procissões foram dotadas de indulgências pelos Papas Martinho V e Eugênio IV, e se fizeram bastante comuns a partir do século XIV.


A festa foi aceita em Cologne em 1306; em Worms a adotaram em 1315; em Strasburg em 1316. Na Inglaterra foi introduzida da Bélgica entre 1320 e 1325. Nos Estados Unidos e nos outros países a solenidade era celebrada no domingo depois do domingo da Santíssima Trindade.


Na Igreja grega a festa de Corpus Christi é conhecida nos calendários dos sírios, armênios, coptos, melquitas e os rutínios da Galícia, Calábria e Sicília.


Finalmente, o Concílio de Trento declara que muito piedosa e religiosamente foi introduzida na Igreja de Deus o costume, que todos os anos, determinado dia festivo, seja celebrado este excelso e venerável sacramento com singular veneração e solenidade; e reverente e honorificamente seja levado em procissão pelas ruas e lugares públicos. Nisto os cristãos expressam sua gratidão e memória por tão inefável e verdadeiramente divino benefício, pelo qual se faz novamente presente a vitória e triunfo sobre a morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Fonte: http://comunidadeshalom.org.br/formacao/doutrinacatolica/historia_corpus_christi.html acesso em 22/05/2008

terça-feira, 6 de maio de 2008

São Peregrino - 05/05


São Peregrino nasceu na agitada cidade de Forli, na Itália, isto em 1282. A fama do santo do dia, antes de sua conversão era chamado de furacão, pois idealista chamava a atenção de muitos.A cidade de Forli recebeu da Mãe Igreja uma correção que supôs a presença de um missionário chamado Filipe de Benício, o qual era superior geral dos Servitas. Numa de suas pregações, teve que se retirar antes do momento, pois o revolucionário Peregrino não parava de gritar: "Fora o missionário do Papa!"Com a humilde saída do missionário, Peregrino caiu em contrição e procurou-o para pedir perdão; deste momento em diante iniciou uma conversão radical. Peregrino, de furacão descontrolado, passou com a graça de Deus, a um furacão espiritual que chegou a entrar na Ordem dos Servitas e se destacar pela fidelidade na vivência da regra e do Evangelho de Cristo, desta forma, cresceu na santidade que o levou para o céu com 80 anos.São Peregrino, rogai por nós!


São Leonardo Murialdo - 06/05


São Leonardo nasceu em 1828, em Turim, de uma família burguesa. São Leonardo era homem de oração, sacrifício e caridade, por isso, tinha uma visão espiritual e social de toda a realidade que oprimia o povo.Renunciou sua vida abastada e conivente com o sistema injusto, e atendeu a voz do Mestre que o vocacionava para ser o padre dos pobres, menores de rua, varredores, lixeiros e doentes. Na luta para amar todos, como Jesus, São Leonardo se preocupou com a situação dos operários e todos os demais trabalhadores, por isso fundou o jornal: “A Voz dos Operários” e outras forças a favor da classe baixa da sociedade.São Leonardo Murialdo fez de sua vida uma constante batalha contra as paixões, egoísmos e tudo mais que escraviza os homens e os atingem com injustiças. O seu remédio era o Evangelho, sendo assim, até em 1900, viveu o que pregou e pregou o que viveu.
São Leonardo Murialdo, rogai por nós!

 
Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/santodia/index.php em 06/05/2008